terça-feira, 11 de agosto de 2009

"assuntos do passado"

Fim do dia ; início da noite .

O quarto está escuro, mas não quero adormecer; quero ficar a noite inteira a pensar em ti e em tudo o que vivemos . Subitamente vieram-me à memória recordações que eu julgava estarem enterradas. Lembrei-me de todas as vezes que me fizeste sofrer, de todos os dias em que me viraste as costas e de todas as noites que chorei por ti, mesmo sem saberes. Como é que consegui “esconder” isto de mim própria durante tanto tempo? Acho que a resposta é CEGUEIRA . Estava tão “vidrada” em ti que não queria ver os teus defeitos nem o mal que me fazias, mas a verdade é que é e sempre foi uma enorme nuvem negra a pairar sobre este “mar de rosas”, o nosso (suposto) mar de rosas. Não és mais aquilo a que eu gosto de chamar “um dia de sol no meio do inverno” , mas sim “um dia de chuva no meio do verão”.

Sinceramente, nada do que tu me fizeste chegou a desaparecer, mas pensei que mandar tudo para trás das costas seria mais fácil. Pelos vistos não foi. E é à noite, quando estou sozinha, que estes “assuntos do passado” resolvem assombrar o meu pensamento.

« pelos vistos,
aquilo do "águas passadas
não movem moinhos"
não é bem assim...»

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